Ana Cândida Nunes Carvalho
começou a fotografar na era das câmeras analógicas, sem a mínima
consciência de uma possível razão transcendental para tal ato. Nas
visitas ao interior ou nas viagens familiares, o olhar sensibilizado
pela pureza dos momentos lúdicos ainda não conhecia plenamente todas as
suas possibilidades. É legítimo afirmar que ela sempre exercitou a
capacidade de capturar imagens decodificando-as em sentimentos ou
sensações. Mas foi através dos estudos de psicologia e psicanálise que
ela finalmente foi capaz de transformar a fotografia em expressão da sua
própria alma.